Por esta porta já passou um
mundo.
Passarela de “um indo e vindo
infinito”.
Portal de preocupações,
medos, incertezas, alegrias.
De enganos, inquietações,
arrependimentos, surpresas.
De chegadas tardias, de saídas
“pra nunca mais”
e de retornos em busca de colo, de cura.
e de retornos em busca de colo, de cura.
Já foi aberta com o coração “na
boca”
e fechada com saudade instantânea - aquela, que começa no exato momento da partida.
E então, serviu de escora para o choro...
e fechada com saudade instantânea - aquela, que começa no exato momento da partida.
E então, serviu de escora para o choro...
Encostada nela, tantas vezes esperei...
Foi cenário de abraço na
chegada e de beijo na despedida.
Por aqui, boas notícias
vieram e alguns sonhos escaparam.
Amores chegaram, outros foram
embora.
Por ela saiu a menina vestida
de noiva,
o filho para o seu primeiro
dia de aula.
Através dessa porta vi, no
jardim, gente sorrindo,
comemorando,
dançando,
brindando
à amizade e partilhando incertezas de momentos difíceis.
Tantos amigos por aqui passaram.
Mas, por ela, não entra mais
um pai...
E, por isso, a saudade diariamente
passa por aqui.
Também não entram mais o
desamor,
os quem eu não confio,
nem o interesse ou o socialmente conveniente.
Por esta porta agora só entra
quem quer se demorar,
quem vem desarmado,
quem deseja, de verdade, estar
aqui.
Hoje ela é limite.
Fechada para tudo que não
acrescenta.
Aberta, sempre aberta, para a esperança,
para os amigos sinceros e novas alegrias.
para os amigos sinceros e novas alegrias.
Era pra ser só porta de casa,
mas é também, porta de mim.
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